Saber a cor e temperatura da sua pele é um dos passos para customizar a sua imagem pessoal com equilíbrio, harmonia e estética.
Falar sobre cor da pele é abordar um assunto bastante complexo, pois envolve diversos aspectos como tom, temperatura, cor superficial, cor de base/fundo, mistura de cores, harmonia, contrastes, luz, sombra, entre outros.
É um tema que exige muita atenção e sensibilidade para compreender e identificar cada tipo de pele; sobretudo, quando se trata de uma raça tão miscigenada como a brasileira. O assunto é extenso, mas através desse post, explicarei os conceitos básicos do Visagismo Philip Hallawell sobre a análise da cor da pele.
Sabe-se que, assim como há uma relação entre os formatos e feições do rosto e a personalidade, a cor da pele também revela aspectos do temperamento do indivíduo. E foi o Johannes Itten, em 1928, que fez essa descoberta quando era professor de pintura da Escola de Arte Bauhaus, na Alemanha. Como um dos maiores teóricos da cor, ele sabia que as cores expressavam emoções distintas, e notou que a personalidade do aluno se manifestava nas cores que escolhia para pintar, bem como no tom de sua pele.
Na década seguinte, partindo dessa observação, Robert Dorr criou o Color Key System (sistema de chaves de cor), que identificava as cores em duas classificações: cores quentes e cores frias. Um sistema criado para harmonizar as cores entre si, e desde então tem sido usado em diversas indústrias, inclusive a cosmética.
Já em 1942, a maquiadora e artista plástica Suzanne Caygill, realizou uma extensa pesquisa sobre a cor da pele e identificou quatro categorias básicas, cada uma com oito tons diferentes, totalizando 32 tons de pele. Ela chamou esse sistema de Color Harmony (harmonia da cor) e batizou as categorias com os nomes das estações - primavera, verão, outono e inverno - porque achava que todas as peles se relacionavam com as cores da natureza.
Segundo o criador do Visagismo, Philip Hallawell, o Color Harmony é, na realidade, um desenvolvimento do Color Key System, porque continua classificando as cores como quentes ou frias, mas identifica dois tipos básicos de cada, sendo primavera e outono classificadas como quentes, e verão e inverno como peles frias. Ele explica que essa regra das estações só pode ser aplicada para as peles brancas em razão das suas cores superficiais e cores de base.
• Primavera é uma pele quente, dourada, de base terra de siena natural; relaciona-se ao frescor dessa estação. Exposta ao sol, fica dourada. • Outono é intensa, avermelhada e quente, de fundo verde-terra. Exposta ao sol, bronzeia e forma sardas. • Verão é muito clara, rosada e fria, de base azulada, relaciona-se com o céu claro e limpo dessa estação. Exposta ao sol, fica avermelhada. • Inverno é pálida, opaca, amarelada e fria, de base roxa. Exposta ao sol, escurece e mancha.
Veja abaixo a Tabela dos Tipos de Peles Brancas:
Fonte: Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza. Philip Hallawell. Senac SP, 2010. (p. 179).
De acordo com o Philip, as peles negras contêm outras cores na sua composição, além da cor de base. Por isso, não se pode analisá-las usando o sistema das estações. A pele negra pura contém, na sua mistura de cor, mais terra de siena e pouco, ou nada, de branco. Todas as peles negras puras são de algum tipo de marrom, as mais escuras contém verde ou azul e as mais claras, de pessoas com mais miscigenação, há mais branco, o que pode resultar num tom neutro.
Jean Patton, em 1991, descreveu o sistema de classificação de peles negras, identificando 38 tons de peles negras, classificando-os em seis grupos, que se dividem em dois grupos de peles quentes, dois de peles frias e dois de peles neutras. Os nomes dos grupos foram inspirados em regiões, ritmos musicais e temperos. • Calipso é uma pele quente e dourada, de tom médio, vivaz e alegre, como esse ritmo musical caribenho. Exposta ao sol, fica mais dourada. • Spike é quente e avermelhada, de tom médio e tempero quente, como a palavra em inglês sugere. Exposta ao sol, fica mais acobreada.
• Saara também amarelada, mas neutra e clara, lembrando os amarelos neutros das dunas desse deserto. Exposta ao sol, escurece num marrom café. • Nilo é neutra, muito clara e fria, como a água do rio africano desse nome. Exposta ao sol, escurece e mancha ficando meio cinzento. • Jazz é escura da cor de chocolate ou café, de fundo verde e fria, é intensa e imprevisível como o Jazz. Exposta ao sol, fica mais marrom. • Blues também é fria, escura, de fundo azulado, profunda, lenta e melancólica como esse ritmo musical. Exposta ao sol, fica mais azulada.
Veja abaixo a Tabela dos Tipos de Peles Negras:
Fonte: Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza. Philip Hallawell. Senac SP, 2010. (p. 187).
ATENÇÃO: O modo mais simples de saber qual é a sua cor é vendo como sua pele fica quando o bronzeado fixa.
Quanto ao temperamento:
As peles quentes estão associadas a pessoas extrovertidas e emotivas.
Primavera e Calipso = Sanguíneas
Outono e Spike = Coléricas
Já as peles frias indicam pessoas controladas e introvertidas.
Verão e Nilo = Melancólicas
Inverno e blues = Fleumáticas
As peles jazz e saara refletem um misto de temperamentos.
Jazz = Melancólico-colérico
Saara = Sanguíneo-melancólico
Porém, quanto maior a miscigenação, menos confiável é a relação entre o tom de pele e a personalidade, devendo esta ser avaliada por meio da análise do rosto e das feições, exame que fornece mais informações na avaliação da complexidade do temperamento do indivíduo. Em outro post, explicarei sobre os temperamentos de acordo com o Visagismo PH.
Para exemplificar os tons de pele e facilitar a compreensão, abaixo estão algumas imagens do livro - Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza, do Philip Hallawell (Senac SP, 2010), capítulo 'Análise da cor da pele' (p. 167-198).
Juliana Soares - pele primavera (p. 171).
Érica Werneck - pele outono (p. 173).
Sirley Discacciati - pele inverno (p. 175).
Andréia Vieira - pele verão (p. 177).
Monick Machado - pele nilo (p. 181).
Sérgio Luis - pele blues (p. 182).
Solange Souza - pele jazz (p. 183).
Bruna Alessandra - pele saara (p.184).
Vivian Esteves - pele calipso (p. 185).
Cláudia Araújo - pele spike (p. 186).
Em seu livro 'Visagismo Integrado: identidade, estilo e beleza', o Philip Hallawell, relacionou as características de cada tipo de pele branca e de pele negra, descrevendo como analisá-las e apresentando a cartela de cores que indica as melhores combinações, partindo do princípio de que cada tipo de pele se harmoniza com certas cores e contrasta com outras, e que os contrastes anulam as características positivas da pele.
As cores que não pertencem à nossa cartela tornam nossa pele pálida, avermelhada ou esverdeada, desfavorecendo nossa imagem e causando um impacto negativo. Já as cores pessoais iluminam o rosto, e, em sintonia com a cor da roupa, acessórios, cabelo e maquiagem, favorecem a aparência como um todo, tornando-a mais interessante, harmoniosa e atraente.
Em outro post, explico sobre as cartelas de cores para cada tipo de pele. Lembrando que cada cor produz um efeito emocional, e isso também será assunto para outro post.
Mas ATENÇÃO, não basta seguir à risca a cartela de cores sugerida para cada cor de pele, como se vê nas consultorias de imagem tradicionais. A consultoria baseada no Visagismo Philip Hallawell não é intuitiva, possui base científica. Considera a harmonia das cores com o tom e temperatura da pele, mas sobretudo, preza pelo equilíbrio das cores com o temperamento do indivíduo.
Pois como bem explica o Philip "Além de saber o tom da sua pele e conhecer a cartela de cores relacionada a ele, a pessoa também tem de levar em conta o próprio temperamento. Muitas se sentirão desconfortáveis ou até desequilibradas se seguirem cegamente a cartela de cores".
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Um super e beijo até mais!
Taiara Desirée
Fonte do post: Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza / Philip Hallawell. 2 ed. São Paulo. Editora Senac São Paulo, 2010. www.visagismo.com.br